quarta-feira, 4 de outubro de 2017

VIVA A CATALUNHA

É uma realidade histórica que as humilhações para um povo nunca são boas. No domingo passado, o governo espanhol queria impor aos catalães que queriam exercer o direito de decidir sua concepção particular do estado de direito. O resultado: quase 900 pessoas ficaram feridas, mas também uma demonstração de unidades cívicas e infelizes. É esse contraste entre paz e violência, e não as teorias grotescas englobadas pelo governo espanhol, que fez a defesa catalã da democracia ilustrar as capas da imprensa internacional.

O governo espanhol não pode aprender. E é por isso que ele continua a procurar humilhar os catalães com idéias de acidente vascular cerebral pesado ou com o discurso vazio e ameaçador desde que o Rei de Espanha repetiu ontem ontem como doador, sim, permissão para intensificar a repressão política. Tudo menos conversa e pacto. Sem gesto conciliador. Não mencionando o que aconteceu ontem na Catalunha, quando milhões de pessoas pararam sua atividade e saíram para as ruas. Para a democracia, mas também para a dignidade. Não é com a violência como os problemas são resolvidos, mas com o diálogo incondicional. E, é claro, não é com discursos ameaçadores que será alcançado que os catalães mudem de idéia.

A União Européia é um jogo de equilíbrios políticos muito complexos. Embora o governo espanhol apenas espalhe a reação que o interessa, a verdade é que a Comissão Européia lembrou que a violência não é a maneira de resolver problemas políticos. Uma resposta calorosa e diplomática, mas a Europa deve ouvir a Catalunha porque o nosso país incorpora os valores fundadores da União. É por isso que é essencial manter, agora mais do que nunca, nossa natureza cívica e pacífica.